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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Melhore sua corrida com a sintonia entre braços e pernas !!!

O papel atribuído ao movimento dos braços na corrida é de ajuda ao movimento, promovendo economia de energia nesse gesto esportivo. Os braços auxiliariam no equilíbrio do corpo balanceando o movimento das pernas, contribuiriam na propulsão do corpo à frente e até certo ponto também ajudariam na impulsão do corpo para cima. Todas essas funções, embora muito plausíveis, ainda não tinham sido devidamente comprovadas. Então, pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, decidiram testar a importância dos movimentos dos braços na corrida e publicaram os resultados no início desse ano.

Eles avaliaram 13 corredores que correram em quatro diferentes situações: braços livres, braços atrás do corpo, braços cruzados no peito e braços em cima da cabeça com as mãos entrelaçadas. Em todas as condições foram calculados o gasto energético (através da aferição de oxigênio e gás carbônico) e a força de impulsão na corrida, calculada através de um teste biomecânico. Com isso os pesquisadores descobriram que o movimento dos braços diminui sim o gasto energético da corrida, pois sem eles o tronco tem que se mover mais para balancear o movimento das pernas, o que gasta mais energia. Porém, nesse teste os braços não mostraram ter qualquer influência sobre a impulsão do corpo na corrida.

Um ponto interessante abordado na pesquisa foi que os corredores não foram instruídos a mover os braços de uma maneira específica. Na condição de “braços livres” eles se movimentaram como costumam fazer em seus treinos, sem orientações comuns como: “mantenha o cotovelo a 90 graus” ou “não deixe cruzar os braços em frente ao tronco”. Dessa forma, cada corredor moveu os braços de uma maneira diferente e mesmo assim todos apresentaram a mesma eficiência na corrida, em termos de energia e impulsão. Com esse resultado a pesquisa propõe que a melhor forma de você mover os braços durante a corrida é a forma que você já move, naturalmente, sem grandes necessidades de intervenção.

Paulo Vicente - Personal Trainer

MANTENHA-SE ATIVO NA TERCEIRA IDADE COM A GINÁSTICA FUNCIONAL

Há alguns anos atrás envelhecer significava parar de ter uma vida ativa. Acreditava-se também que a chegada na terceira idade significava não ser mais capaz de realizar muitas atividades. Na prática verifica-se que este conceito era totalmente errado, e a vida pode ser muito mais ativa com a chegada aos 60 anos !!!

Hoje considerada a melhor idade ter mais de 60 anos significa ser capaz de trabalhar, dançar, namorar, cuidar dos netos e claro, ver televisão, jogar a bocha e tudo mais que já fazia parte da rotina. A realidade atual prova que a atividade física orientada é muito eficiente na manutenção e melhoria da saúde e auto-estima nesta fase da vida.

Neste âmbito o treinamento funcional entra com força total. Além dos ganhos no controle lipídico e da diabetes, melhora o raciocínio e o desempenho motor (coordenação e equilíbrio), reduz o risco de doenças do coração e ósseas como a osteoporose e aumenta a longevidade melhorando a capacidade pulmonar e a força muscular. Podemos ainda elencar o controle emocional e a socialização como papéis fundamentais aos que praticam exercícios.
A prescrição de exercícios deve ser desenvolvida considerando a condição individual da saúde (incluindo medicações), perfil do fator de risco, características comportamentais, objetivos pessoais e preferências de exercícios. Outros cuidados devem ser tomados quanto ao tipo, intensidade, duração e freqüência do exercício em virtude da ampla variação dos níveis de saúde e aptidão física dos idosos.

O mais indicado são os exercícios aeróbicos e dinâmicos (50 – 74% da freqüência cardíaca máxima) que privilegiem os grandes grupamentos musculares, ou seja, treinamento funcional para todos! Neste método é possível desenvolver a capacidade cardiorrespiratória e ao mesmo tempo melhorar a força muscular e a amplitude articular, fundamentais para o envelhecimento saudável.

A freqüência de três a sete vezes por semana é indicada pela Organização Mundial da Saúde. Contudo, três treinos na semana já vão garantir ótimos resultados. Para aqueles que iniciarão agora as práticas de exercício recomenda-se cerca de 30 minutos, para posteriormente passar para a fase de manutenção na qual o tempo pode variar de 45 a 60 minutos. Procure um profissional de Educação Física para planejar o seu treinamento e comece já a ter uma vida mais saudável já.

Paulo Vicente - Personal Trainer

domingo, 27 de julho de 2014

Reunião Masters Trainers Schwinn Cycling no Rio de Janeiro

 Grandes amigos, estive nesta sexta (25/07) no Rio de Janeiro, no evento Rio Sport Show, que aconteceu no Centro de Convenções Sulamérica. Um evento com grandes nomes do fitness em exposição à seus produtos, dentre eles o mais recente lançamento da Schwinn Cycling, a bike Carbon Blue, que possui sua correia de carbono, isentando a necessidade de ajuste e proporcionando uma pedalada muito mais limpa. Também estive neste evento em resposta a uma convocação de reunião com os Masters Trainers Schwinn Cycling para ajustes de metodologias e didáticas nas montagens de de aulas e contato com os alunos. As metodologias atualizadas foram com relação a Class design, ou seja, uma preparação de aulas mais moderna e eficiente para os alunos. Muita informação de quem realmente conhece do assunto. Me sinto muito privilegiado por ter podido comparecer em apenas uma bate-volta no Rio (fui na quinta a noite, estive em reunião na sexta e retornei no sábado), e principalmente pelo convite recebido. Agora é aplicar na prática o que assimilamos na reunião. Veja algumas fotos em meu perfil pessoal do facebook, abraços e ótimos treinos.

Paulo Vicente - Personal Trainer
www.personalpaulo.webnode.com

domingo, 20 de julho de 2014

Dias estressantes desaceleram o metabolismo, diz estudo.

          Uma rotina estressante pode ter consequências negativas na balança — e talvez ajude a explicar o motivo pelo qual algumas pessoas não conseguem emagrecer. Segundo um novo estudo da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, o metabolismo de uma pessoa desacelera após dias estressantes, diminuindo a capacidade de queimar calorias. Segundo os autores do estudo, como as pessoas tendem a consumir alimentos mais calóricos e gordurosos quando estão estressadas, os efeitos negativos do stress sobre o excesso de peso são ainda maiores. A nova pesquisa foi publicada nesta segunda-feira no periódico Biological Psychiatry. Foram entrevistadas 58 mulheres, que relataram se haviam passado por momentos estressantes no dia anterior, como uma briga com o marido ou problemas para cuidar dos filhos. Depois, elas fizeram uma refeição com ovos, salsicha e biscoitos que totalizavam 930 calorias e 60 gramas de gordura. 
          Os pesquisadores, então, mediram a atividade do metabolismo das mulheres, além da taxa de açúcar, colesterol, insulina e cortisol (hormônio relacionado ao stress) de cada uma. O estudo indicou que as que relataram ter sofrido mais stress no dia anterior e que apresentavam maiores níveis de cortisol gastaram, em média, 104 calorias a menos do que as outras participantes nas sete horas seguintes à refeição. Segundo os pesquisadores, isso pode significar o acréscimo de 5 quilos no período de um ano. Essas mulheres também apresentaram níveis maiores de insulina — o que, segundo os especialistas, contribui com o acúmulo de gordura corporal. 
          "Nós sabemos, de outros estudos, que somos mais propensos a comer alimentos errados quando estamos estressados, e a nossa pesquisa mostra que, quando nos alimentamos de forma errada, o ganho do peso se torna mais provável porque estamos gastando menos calorias", diz Janice Kiecolt-Glaser, professora de psiquiatria da Universidade do Estado de Ohio e coordenadora do estudo.

Paulo Vicente - Personal Trainer

sábado, 19 de julho de 2014

Com novo padrão beleza, mulheres buscam um corpo mais forte e definido

Antes preocupado com o ponteiro da balança, público feminino trocou a magreza das passarelas pelas curvas definidas e quilos de massa muscular. 
Há alguns anos, as mulheres se preocupavam apenas com o ponteiro da balança, ou seja, em serem magras. Atualmente, o padrão do corpo feminino vem apresentando mudanças. Agora as mulheres querem ter um corpo mais forte e definido. A busca pelos consultórios de nutricionistas vem crescendo. O público feminino vem à procura de coxas mais grossas, glúteos mais volumosos, braços mais fortes, aumentando sua massa muscular.

Para atingir este novo padrão de corpo, algumas mudanças no treinamento e alimentação são necessárias:

- Consumir proteína em todas as refeições do dia em quantidades aumentadas (ex: peito de frango, peixes e carnes magras, ovos, queijos magros, leites e iogurtes sem gordura, suplementos proteicos). Não é tão fácil introduzir estes alimentos diariamente nas nossas refeições, pois nosso consumo de fontes proteicas tem pouca variedade, tornando necessário o uso de algum suplemento alimentar. 

- Uma boa dica é utilizar os ovos na primeira refeição do dia, deixando as carnes para o almoço e jantar, complementando as demais refeições com suplementos proteicos. Quando existe a viabilidade de comer peito de frango, peixes e carnes magras ou claras de ovos ao longo do dia, se torna ainda melhor.

- É bastante importante manter as refeições diárias com carboidratos de médio a baixo índice glicêmico (batata doce, aipim, inhame, arroz e massas integrais, farelos tipo aveia, pão integral, fibras de uma forma geral). Estes carboidratos devem ser ingeridos em maior quantidade ao acordar e antes do treino. 

- Caso não se realize nenhum tipo de treinamento que exija um maior gasto energético nos demais horários, deve-se ingerir outros tipos de carboidratos com bastante cautela. Uma pessoa que trabalhe sentada após o almoço nunca deve ingerir grandes quantidades de arroz branco, feijão, batata, macarrão refinado, visto que seu gasto calórico será bastante reduzido nos horários posteriores a estas refeições.

- Não podemos deixar de citar as gorduras benéficas como azeite de oliva, abacate, frutas oleaginosas, linhaça, salmão e óleo de coco, além de um aporte adequado de vitaminas, minerais e fibras. Ainda existe medo com relação à ingestão dessas gorduras, porém esses alimentos são de grande importância na nossa alimentação. Precisamos escolher as melhores fontes e associá-las da melhor forma a outros alimentos.

- Com relação à suplementação alimentar, um dos fatores determinantes é a intensidade do treinamento. O uso de suplementos alimentares deve ser sempre introduzido com orientação de quantidades e horários. Para obter grandes resultados, nada melhor do que um bom nutricionista para personalizar a dieta.

Paulo Vicente - Personal Trainer

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Alemanha, o país do futebol

Eles tiraram o futebol do país da lama para transformá-lo no mais organizado e poderoso do mundo. Estádios lotados e novos craques despontaram de uma filosofia simples: o papel social do esporte é mais importante que qualquer troféu.
por Guilherme Pavarin e Alexandre Versignassi

No comecinho dos anos 2000, o grandalhão Oliver Bierhoff era o maior - e bota maior - símbolo do então apático futebol alemão. Experiente, corpulento, de canelas longas, pouca técnica e quase nenhuma movimentação, o centroavante abusava dos seus 1,91 m para finalizar as jogadas do único jeito que sabia: pelo alto, entre os zagueiros, cabeceando firme para dentro das redes. O movimento era repetido à exaustão. Jogo a jogo.
Na Eurocopa de 2000, na Bélgica, os alemães sentiram a limitação bater na ponta das chuteiras. Atirados em um grupo com equipes fortes - Inglaterra, Portugal e Romênia -, caíram logo na primeira fase, marcando apenas um ponto e um gol. Vexame para uma camisa tricampeã mundial, que já tinha vestido Franz Beckenbauer, Karl Rummenigge, Paul Breitner. "Estávamos pensando exatamente como vocês brasileiros pensam hoje: que não precisávamos aprender nada. E fomos jogando cada vez pior, pior e pior", resumiu o próprio Breitner numa entrevista recente para o canal ESPN Brasil. Mas a queda em 2000 fez os alemães acordarem. Autoridades foram a público e tornaram o desempenho da seleção assunto de estado. O governo traçou um plano ambicioso: em uma década, a Alemanha deveria voltar a ser uma potência futebolística.

A missão, afirmaram os governantes, era fazer com que a população voltasse a se encantar com o esporte. O país, então, botou a mão no bolso. Em pouco mais de 12 anos, investiu cerca de US$ 1 bilhão em academias e centros de treinamentos para jovens. A ideia era usar esses CTs públicos para ensinar futebol com uma receita em duas medidas: 50% habilidade, 50% força - em vez dos 200% força que a seleção vinha aplicando.

Quem cuida de tudo lá é a DFB (Associação Alemã de Futebol), a CBF deles. Ligada ao governo, a associação alemã é dona de 366 centros futebolísticos. Desde 2001, crianças de 9 a 17 anos desenvolvem seus talentos em academias perto de suas casas, sem vínculo com clubes. Cerca de mil técnicos treinam 25 mil jovens. A DFB, na verdade, é tudo o que a CBF não é. A nossa Confederação Brasileira de Futebol é um órgão privado, e não possui nenhum projeto de formação de jogadores além das seleções de base (sub-15, sub-17 e sub-20), que só pinçam jovens talentos que já treinam em algum clube. E tem a corrupção - os escândalos se avolumam há décadas.

Enquanto isso, na Alemanha, a DFB tratou de reformar a Bundesliga - o campeonato nacional deles. A primeira foi impor uma política financeira rigorosa. Os clubes passaram a ter que enviar, três vezes ao ano, atestados de orçamento positivo. Analisados um a um, os casos deveriam seguir à risca um livro de 200 páginas que especifica normas financeiras.

Se aprovados, ok, podem jogar a liga. Do contrário, W.O.: perdem pontos e, se a "infração" administrativa for grave, nem entram em campo. Assim, nenhuma extravagância, como contratar um Neymar, poderia ser feita sem que o clube desse garantias de poder efetuar o pagamento. Tal controle foi capaz de praticamente extinguir as dívidas das equipes locais. Dos 30 times da Bundesliga, só dois têm dívidas. E o gasto com salários não passa de 50% da receita dos clubes; em outros países, o valor chega a 70%. No Brasil, a dívida dos 20 maiores clubes é de R$ 4 bilhões. Na Inglaterra, de R$ 11 bilhões.

Com esse pacotão, a missão alemã estava clara: gerar novos talentos e nutrir o futebol deles numa competição sustentável. Hoje, 13 anos depois, os resultados são sólidos. Bayern e Borussia Dortmund, dois dos grandes clubes da nação, foram os finalistas da Champions League, o principal torneio interclubes do mundo. Como numa boa lavoura, proliferam novos craques. Mario Goetze, de 20 anos, André Schürrle, de 22, mais Marco Reus e Thomas Müller, de 23, são alguns nomes que fazem Bierhoff e seus antigos companheiros parecem praticantes de outro esporte. Para completar, a liga do país tem o melhor público do mundo, média de 45 mil pessoas por jogo (40% são mulheres). Só a torcida do Borussia Dortmund tem média de 80 mil (!) por jogo. É uma final de Libertadores no Maracanã a cada domingo - coisa inédita na história do futebol. Não tem comparação: média de público do Brasileiro é 15 mil pessoas. A da segunda divisão alemã é de 17 mil. Nossa média, aliás, é só a 13º do mundo, atrás de China e EUA.

O fato é que nenhum país trata o futebol tão a sério quanto a Alemanha. E não é só para tentar ganhar troféus. Quando eles propuseram uma revolução no futebol, a justificativa foi a seguinte: só a bola seria capaz de unir a nação.

Faz mais sentido do que parece. A Alemanha é o terceiro país com mais imigrantes no mundo (atrás de EUA e Rússia). Mais de 20% dos 82 milhões de habitantes da Alemanha são ou imigrantes ou filhos de imigrantes. Num país onde até não muito tempo atrás era preciso ser "ariano" para ser cidadão, isso poderia virar um caldeirão de intolerância. Às vezes até vira. Mas o futebol ajuda a manter a coisa em fogo baixo, justamente porque nada na Alemanha abraçou mais imigrantes do que o futebol.

O Bayern de Munique, por exemplo, é um arco-íris étnico. No time mais tradicional da Alemanha, tem negro, branco, moreno, narigudo, careca, black power... Se botar o uniforme do Bangu nos caras, vira tudo carioca. Uma combinação de fazer Hitler revirar no túmulo - e, junto com as iniciativas que vimos aqui, de tornar a Alemanha tetracampeã no Brasil, o país da corrupção no futebol.

Paulo Vicente - Personal Trainer

sábado, 12 de julho de 2014

A História e a Evolução da Musculação

           Olá pessoal, um pouco de nostalgia. Poucos sabem, mas comecei meus treinos de musculação há mais ou menos 25 anos atrás. Na época não haviam muitas academias em Curitiba, então tinha que pegar ônibus para ir até o centro da cidade e poder treinar. Treinei durante anos na academia Olympus, na Rua XV de Novembro, inclusive competindo em fisiculturismo e obtendo bons resultados em minhas competições. As academias da época eram bem diferentes das de hoje. Tentem imaginar uma academia, sem esteiras, sem bikes, sem modalidades de ginástica. Apenas musculação com equipamentos mais simples e com muito peso livre. O aquecimento era realizado com cordas (pular corda), ou flexões de braços, ou polichinelos, e em seguida pesos !!! Um pulley sem banco, onde você ficava de joelhos no chão e algum companheiro de treino prestava um apoio nos ombros para que fosse possível realizar o movimento. As paredes cheias de posters de atletas fisiculturistas (Schwarzenegger por exemplo). Sem suplementos, pois não haviam na época, sendo que o suplemento mais utilizado era a clara do ovo, em sua forma mais natural: crua. Uma época realmente boa, onde o treino era realmente levado a sério. Pesquisando na internet achei uma matéria sobre o início da musculação na história, e compartilho agora com vocês.

Acredito que conhecimento é poder e também é a chave para seu sucesso em tudo, por este motivo acho importante que todos que vão começar a praticar musculação, terem uma noção de como tudo começou, e como se deu a evolução deste esporte. 

O Início

Algumas histórias se misturam as lendas com respeito à Musculação. Provavelmente o homem pré-histórico já fazia exercícios medindo força levantando e arremessando pedras pesadas, mas isto, talvez não passe de especulação. A verdade é que, não existe uma data precisa de quando surgiram as primeiras manifestações de levantamento de pesos. A história da musculação é muito antiga existindo relatos que datam do início dos tempos afirmando a prática de exercícios com pesos.
Dados mais precisos, foram encontrados em escavações na cidade de Olímpia onde encontraram pedras com entalhes para as mãos permitindo aos historiadores intuir a utilização destas em treinamentos com pesos. Há registros de jogos de arremessos de pedras através de gravuras em paredes de capelas funerárias do Egito antigo mostrando que há mais de 4.500 anos os homens já levantavam pesos (sacos de areia ou pedras) como forma de exercício físico. Existem textos chineses de 3000 a.C. que descrevem os soldados levantando objetos pesados como um teste para a sua entrada no serviço militar. 
As esculturas da Grécia Antiga ilustram o levantamento de pesos. Em Olympia foi encontrada uma pedra, datada de 600 a. C. com uma inscrição dizendo que esta havia sido levantada por uma atleta chamado Bybon.
A inscrição declara que o atleta Bybon levantou esta pedra (143,5 Kg) acima de sua cabeça com uma mão. Encontrada em uma escavação em Olympia a pedra é datada do ano 600 a.C. Existem gravuras de jogos de arremessos de pedras datam de 1896 a.C. E ainda existem esculturas datadas de 400 anos antes de Cristo que relatam formas harmoniosas de mulheres, e homens mostrando preocupação estética já naquela época. 
Registros mais detalhados sobre musculação, vem de documentos datados por volta de 600 a.C. na Grécia, mais precisamente falam de um atleta olímpico e discípulo do matemático Pitágoras, chamado Milon de Croton e seus feitos, ele foi o mais famoso dos atletas gregos na antiguidade viveu entre 500 à 580 a.C. e nasceu na colônia grega de Croton, no sul da Itália. Ele foi por 6 vezes campeão nas olimpíadas (na 60ª olimpíada, e nas 62ª, 63ª, 64ª, 65ª e 66ª). Manteve-se competindo e na 67ª olimpíada já tinha mais de 40 anos. Ele também competiu em alguns Jogos Pythian. 
Estes registros ilustram um dos métodos de treinamento mais antigos da humanidade, cujo princípio fundamental e utilizado até hoje, isto é, a teoria da adaptação fisiológica com um treinamento lento, gradual e progressivo. Segundo os registros, Milon, simplesmente começou a levantar um bezerrinho e à medida que este ia crescendo a sua força também ia aumentando. Quando o bezerro virou touro, Milon não só o levantava como também o carregava de um lado para o outro. Os registros também mostram que Milon foi um dos primeiros a se preocupar com a suplementação alimentar. Relatos afirmam que ele comia por dia 9 kg de carne, 9 kg de pão e 10 litros de vinho – gerando um total de 57 mil kcal. Também era capaz de matar um boi com as mãos e comê-lo sozinho. O nome da cidade de Milão é em sua homenagem. Reza a lenda que Milon estava cortando uma gigantesca árvore para um marceneiro que ao final do dia voltaria trazendo comida pra ele. O marceneiro nunca voltou e a árvore caiu prendendo a mão de Milon que não conseguiu se soltar e acabou morrendo devorado por lobos, outros dizem que foi ele foi devorado por um leão. Enfim nunca saberemos.
"O Físico mais fabuloso do Mundo" - Primeiro Campeonato Oficial de Musculação realizado em Londres em 1901

A musculação como forma de competição onde se exibia os músculos, tem como dado oficial o registro da primeira competição em 1901 em Londres. Possivelmente tenham existido muitos outros campeonatos, mas este é o que parece que deu início oficial ao esporte. Esta competição foi intitulada: “O Físico mais Fabuloso do Mundo” e foi idealizada e realizado por Eugene Sandow e contou com 156 atletas. O vencedor foi Willian Murray, que mais tarde se tornou ator, cantor e músico, tendo criado números artísticos com atletas que imitavam gladiadores, junto com estes eventos criou campeonatos de Musculação na Inglaterra.

O Surgimento do CULTURISMO (modelagem)

Professor Louis Attila (1887). Mestre de uma Lenda

A história mostra que a partir do final do século XIX o chamado “culturismo”, juntamente com o “halterofilismo”, tinha suas atenções voltadas para as companhias circenses e teatros, onde eram apresentados “os homens mais fortes do mundo”. Nomes expressivos daquela época tais como Louis Attila, Eugen Sandow e Charles Samson participavam de exibições e confrontos, disputando este título. Attila, em 1887, na Europa, durante o jubileu da Rainha Vitória, recebeu do Príncipe de Gales uma pequena estátua com a figura de Hércules cravejada com 36 diamantes, o que o tornou famoso. Como consequência disto, pessoas do mundo inteiro viram no desenvolvimento dos seus músculos uma forma de enriquecer. Ginásios foram abertos por toda a Europa, que na época era o berço dos homens fortes. 
Attila fundou o seu ginásio em Bruxelas onde e recebia alunos da Universidade de Leyden, gerando grandes nomes como Frederick Muller. Este, num confronto com Charles Samson, venceu-o, e tempo depois foi vencido por Sandow, denominado na época como “Aristocrata dos Culturistas”. Eugen Sandow nascido na Alemanha em 1867 se converteu em um ídolo do esporte e por 30 anos foi considerado o melhor físico do mundo. Aos 16 anos já aparentava um físico bem desenvolvido, que mostrava que tinha um potencial genético favorável. Trabalhou em circo com a intenção de correr o mundo, e com isso adquiriu ali a base para um grande desenvolvimento muscular. Porém o circo em que trabalhava foi à falência em Bruxelas e ele se viu sem emprego. Conheceu ali o professor Attila que viu em Sandow um grande potencial de atleta. Attila o tomou como pupilo e o ensinou a treinar com pesos e a posar. Passaram então a fazer exibições em várias cidades com demonstrações de força.

Eugen Sandow (aos 19 anos) em 1886

Em 1889 se separaram e Sandow foi rodar a Europa, sem destino certo terminando em Veneza. Em Veneza um artista americano chamado Aubrey Hunt surpreendeu Sandow banhando-se em um lago, que resolveu pintá-lo em um lenço. Esta peça hoje se encontra na coleção particular de Joe Weider.

Sandow então passou a ser desafiado para provas de força. Retornando à Londres resolveu encarar um desafio que era lançado por dois homens fortes da época e que pagavam 500 libras esterlinas quem conseguisse superá-los. Até Sandow aparecer ninguém tinha conseguido, ele então facilmente venceu o desafio e a partir daí começaram exibições por toda Inglaterra. Por quatro anos Sandow percorreu a Inglaterra com exibições de força e poses. Até que em 1893 um empresário americano o convenceu que fosse para os EUA.

Eugen Sandow em Nova York 1893

Nos EUA ele não se deu muito bem. Mas em uma exibição na Alemanha, conheceu o mais célebre empresário de espetáculos de todos os tempos, Ziegfeld, que percebeu que Sandow, era uma figura muito admirada pelas mulheres. Ele o levou para a Exposição Mundial Comemorativa do Descobrimento da América, em Chicago. Alugou um teatro e preparou uma aparição diferente do habitual que eram apresentações de musculosos com peles de leopardo. Quando todos menos esperavam entra Eugene Sandow com uma simples sunga. As mulheres foram à loucura.



Eugen Sandow em 1894

O êxito foi fantástico e com isso rodaram Canadá e EUA. Em São Francisco, Sandow lutou e venceu um leão (previamente drogado e desdentado). Fazia shows particulares para mulheres, e incontáveis shows de levantamento de pesos que até hoje não foram superados, porém depois de alguns anos fazendo isso sem descanso entrou em colapso nervoso. Regressou a Inglaterra onde se casou com uma garota muito bela chamada Blanche Brookes. Recuperou-se física e mentalmente, e a partir daí se dedicou a abrir ginásios de cultura física e reformular os hábitos alimentares das pessoas. Abriu com êxito escolas de cultura física por toda Inglaterra.

Iniciou uma revista em 1898 chamada – “Sandow Magazine”, publicou vários livros inclusive uma obra que deu nome ao esporte internacionalmente: “Bodybuilding, or Man in the Making”. Inventou aparelhos e criou cursos de ginástica por correspondência que foram verdadeiros marcos na cultura física, foi um dos primeiros defensores do ensino da educação física em colégios e escolas, desenvolveu exercícios para reduzir as dores do parto, pediu aos empresários que deixassem que os assalariados fizessem um pouco de ginástica por dia, o que talvez sugere que ele seja também o criador da ginástica laboral. Foi talvez o primeiro personal trainer da história, pois era professor particular dos reis Eduardo VII e George V, da Inglaterra. Foi um benfeitor da humanidade no que tange o aspecto do treinamento com pesos, da cultura física, do exercício, da educação física. Não era santo, sentia uma fraqueza por mulheres que também o assediavam. Isso causou muitos problemas ao seu casamento.

Um dos equipamentos criados por Sandow

Morreu em 1925 tentando tirar o seu carro que caiu em um buraco após ter derrapado na estrada. Com o esforço teve uma hemorragia cerebral, provavelmente não só do esforço, mas também da queda e batida do carro. Foi enterrado como indigente, devido a problemas com a mulher, no cemitério londrino de Putney Vale. Eugen Sandow, o homem que foi intitulado pelo rei George I da Inglaterra como: “Professor da Ciência da Cultura Física de sua Majestade”, hoje está imortalizado pela homenagem de Joe Weider que escolheu sua imagem (segurando uma barra com pesos de bola) para o troféu de premiação para o maior evento do mundo de musculação que é o Mr. Olympia. Neste sentido, Eugen Sandow (1867-1925) deve ser respeitado e perpetuado um dos grandes homens de todos os tempos na Musculação.

Desde 1977 Todos os Mr Olympia recebem este troféu, feito em homenagem à Eugen Sandow

O Culturismo propriamente dito, surgiu do halterofilismo competitivo na década de 1940 através do halterofilista canadense Josef (Joe) Weider, cuja iniciação no culturismo aconteceu em 1939, quando ele por acaso teve acesso a uma revista de halterofilismo. Joe decidiu então construir e modelar seu corpo com o propósito de afugentar e se proteger dos tipos brigões que assolavam a vizinhança onde morava em Montreal.

Joe Weider aos 17 anos

Weider foi a um ferro-velho onde forjou duas barras com anilhas a partir de rodas e eixos de automóveis e começou a treinar em casa. Quando começou a notar o aparecimento dos resultados de seu treinamento, convenceu-se de que, como ele, outras pessoas gostariam também de se beneficiar do treinamento com pesos.
Com os $7,00 que tinha, Joe iniciou a publicação de um informativo chamado “Your Physique”. Um ano depois, definiu seu esporte como algo diferente do halterofilismo de competição, o que implicava num tipo de treinamento que utilizava especificamente movimentos compostos, cujo único propósito era desenvolver tamanho muscular em uma proporção equilibrada, dentro de determinados padrões que seguiam determinadas regras.

Your Phisique Vol.1 No 1 (Agosto de 1940)

Seus métodos eram empíricos, já que observava, estudava e mesclava técnicas de halterofilistas uma vez que a ciência do treinamento desportivo e a fisiologia de exercício ainda estavam em seu início. Logo descobriu que o êxito para este novo esporte se baseava antes de tudo em velocidade, técnica e, sobretudo, potência, porque ajuda o desenvolvimento físico.
Preocupado também com a alimentação dos atletas, Joe pesquisou fontes de nutrição que acreditava ser alimentação saudável, como, por exemplo, uma taça de aveia com fruta cortada em pedaços, acompanhada de suplementos. O treinamento com pesos e a dieta adequada seriam a medicina preventiva do século 21. Atualmente, os treinamentos com pesos (ou treinamento resistido) são requisitos prévios para melhorar o rendimento em todos os esportes. Uma dieta baixa em gordura, rica em proteínas de alta qualidade e carboidratos complexos complementaria a parte nutricional dos atletas que desejam aumentar a sua massa muscular.

Joe Weider nos anos 50

fonte: http://superintenso.wordpress.com/2010/01/26/a-historia-e-a-evolucao-da-musculacao/

PauloVicente - Personal Trainer