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terça-feira, 10 de maio de 2016

Você sabe o que é Cybercondria?

Você sofre de cybercondria?
Estudo mostra que buscar na internet a causa dos seus males nem sempre é o melhor remédio
Você chega ao trabalho com uma tremenda dor de cabeça. Já é a terceira vez na semana. Antes de partir para mais uma aspirina, você: 
a) liga para marcar uma consulta médica
b) pergunta a alguém do escritório se conhece um “santo remédio” para enxaqueca
c) entra na internet e digita “dor de cabeça” 
Se você escolheu alternativa C, saiba que faz parte do clube dos cybercondríacos. A definição ainda não consta do Aurélio, mas já afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Tanto que a Microsoft decidiu fazer um estudo interno com seus funcionários para descobrir quantos eram adeptos da má prática. 
O estudo, publicado esta semana no “New York Times” e na rede, sugere que o autodiagnóstico via internet leva normalmente a pessoa a concluir que está muito pior do que seu real estado de saúde. O coordenador do estudo, Eric Horvitz, percebeu que ao pesquisar dor de cabeça (*), as pessoas recebem praticamente a mesma quantidade de resultados ligando a condição a um tumor cerebral e à abstinência de cafeína – mesmo que a primeira seja muito mais rara.
 “As pessoas tendem a olhar apenas para os primeiros resultados”, explicou o pesquisador, especializado em inteligência artificial na Microsoft Research e diplomado em Medicina. “Se for tumor cerebral, elas simplesmente vão usar esse resultado como ponto de partida para uma nova busca”. 
Os pesquisadores, porém, perceberam que as pessoas tratam os buscadores como se eles pudessem responder a todas as questões como autênticos experts no assunto. 

Cybercondríacos unidos
Embora o termo cybercondria exista desde 2000, ele passou a ser mais usado dois anos depois. Refere-se à prática de chegar a conclusões apressadas (ou errôneas) durante a busca de algum assunto relacionado a saúde. 
Em maio de 2002, a pesquisa “Pew Internet & American Life Project” chamou os cybercondríacos de “buscadores de saúde”. O estudo concluiu que seis milhões de americanos entravam diariamente na rede para procurar conselho médico. “Isso significa que mais gente entra online para buscar informação sobre sua saúde do que todos os profissionais de saúde somados em um dia”, disse o estudo. Felizmente, o estudo também mostrou que, ao menos naquela época, apenas 2% dos cybercondríacos conheciam alguém que tinha ficado bem mal por seguir o conselho errado na internet. Foi com essa preocupação que os pesquisadores da Microsoft decidiram mudar o rumo do estudo, que nasceu originalmente de um esforço para acrescentar recursos ao sistema de busca da Microsoft – tornando-o mais um “conselheiro” do que um mecanismo de obtenção de informação. Temas relacionados a saúde somam 2% do total de buscas em toda a rede. 

Expert online
A pesquisa acompanhou um milhão de usuários da rede. Um quarto desse número, aproximadamente 250 mil usuários, usaram a internet para pesquisar alguma condição médica durante o estudo.  
Dos mais de 500 funcionários da Microsoft que responderam à pesquisa sobre seus hábitos de busca ligados a saúde, mais da metade interrompeu sua atividade de trabalho ao menos uma vez para pesquisar doenças graves na rede. Pior: aproximadamente um terço dos envolvidos na pesquisa perdeu ainda mais tempo e viu seu nível de ansiedade crescer ao aprofundar a busca. 
Os pesquisadores disseram que a propensão dos usuários da rede de chegar a conclusões terríveis sobre seu estado de saúde já havia sido observada há muito tempo por cientistas. A diferença é que a confiança que muitos usuários depositam em um determinado mecanismo de busca os leva a conclusões erradas. 
Horvitz acredita que os buscadores podem evoluir para se tornar um mecanismo mais confiável. Nos anos 1990, pesquisadores da Microsoft criaram um sistema de aconselhamento médico apenas para gravidez e cuidados com a criança. No futuro, diz, talvez seja possível detectar as dúvidas médicas e oferecer aconselhamento que não levaria os usuários da web a imaginar sempre o pior. 
Os pesquisadores disseram que sua intenção não é dizer às pessoas para ignorar os sintomas. Mas ao examinar a listagem de busca perceberam que os cybercondríacos acabam tomados por uma ansiedade que poderia ser evitada. 
(*) Pesquisando “dor de cabeça” no Google, o buscador apresentou aproximadamente 2.370.000 resultados, incluindo dor de cabeça após orgasmo e ATM.

Paulo Vicente - Personal Trainer


2 comentários:

  1. Acho que pesquisar na internet sobre sintomas pra diagnosticar uma doença é muito perigoso.

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