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sábado, 14 de maio de 2016

Explicando o "falso cadeirante" condutor da Tocha Olímpica

Olá pessoal, depois de me questionarem sobre a “queda” do “falso” cadeirante condutor da Tocha, fui pesquisar a respeito e encontrei um depoimento do próprio condutor, bem esclarecedor sobre o assunto. Leiam o texto e depois vejam o vídeo (o vídeo é bem esclarecedor !!!). Mais do que uma competição para pessoas com deficiência, os Jogos Paralímpicos são exemplo de excelência esportiva. Só que, na jornada rumo ao topo do pódio em suas modalidades, atletas têm outro obstáculo a superar: o preconceito. Um exemplo aconteceu na quarta-feira (4) durante o revezamento da tocha Olímpica Rio 2016 pela cidade de Anápolis, em Goiás. O jogador de basquetebol em cadeira de rodas João Paulo Nascimento tentou reproduzir uma manobra típica de seu esporte, ao passar a chama ao próximo condutor, quando se desequilibrou e caiu. Para se proteger do impacto da queda, o atleta teve a reação espontânea de apoiar o pé no chão - uma demostração de que detém o movimento das pernas. Acessem o vídeo neste link https://www.facebook.com/joaopnascimento/videos/vb.100001649818722/1108442749220708/?type=2&theater
A cena é corriqueira para quem está familiarizado com o esporte Paralímpico – em especial o basquetebol em cadeira de rodas, uma das modalidades com maior número de ‘tombos’. Entretanto, causou estranhamento entre internautas que desconhecem que o uso de cadeira de rodas não se limita a casos de paraplegia ou perda total do movimento das pernas. O resultado? O vídeo da queda viralizou nas redes sociais e João Paulo foi acusado de ser um ‘falso cadeirante’ 
Nascimento não tem mesmo diagnóstico de paralisia, mas se engana quem pensa que o uso da cadeira de rodas se limita a este tipo de deficiência. Aos 20 anos, ele obteve o diagnóstico de geno valgo, deformidade na anatomia dos joelhos que afeta o alinhamento das pernas. E, assim como o atleta, são muitas as pessoas que, mesmo com algum nível de controle dos movimentos nos membros inferiores, utilizam cadeira de rodas para se locomover e praticar esportes. “Não uso a cadeira no meu dia a dia, mas não consigo correr nem ficar em pé por muito tempo”, contou.
“São muitas as patologias que requerem o uso da cadeira de rodas para a prática esportiva: lesão medular completa ou incompleta, limitação motora, amputações, patologias anatômicas. Não é porque o atleta não usa a cadeira no dia a dia que ele não precise dela para a pratica esportiva. Vemos situações como essa o tempo todo. Podem jogar tênis em cadeira de rodas, por exemplo, todos aqueles que não conseguem jogar em pé. É simples assim”, explica o professor de educação física Guilherme Lopes, 40 anos, que trabalha com atletas Paralímpicos desde 2003.

Paulo Vicente - Personal Trainer


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