O que é a osteoporose?
Pensamos nos ossos como estruturas rígidas e firmes que mal se
alteram. Na verdade, num corpo saudável existe um equilíbrio
constante entre a formação e a degradação de substância óssea.
Contudo, se se degradar mais osso do que aquele que se forma, dá-se
uma perda de substância óssea. Aqui começa a osteoporose. Os ossos
perdem rigidez e tornam-se mais quebradiços. As regiões mais
afetadas são os antebraços e as coxas, para além da coluna
vertebral. Vértebras lesionadas partem e ocorrem deformações
permanentes, como a típica corcunda, uma forma de cifose que se
atribui exclusivamente à osteoporose. Os sinais de alarme de perda
anormal de osso são dores fortes na zona da coluna ou do esterno.
São indicadoras de que uma ou mais vértebras estão partidas.
Calcula-se que mais de oito milhões de pessoas sofram de
osteoporose, das quais cerca de 80 % são mulheres. A Organização
Mundial de Saúde (OMS) incluiu a osteoporose na lista das dez
doenças mais significativas do mundo. Para isso, foram determinantes
as consequências da doença nos pacientes, bem como os custos com o
tratamento.
Causas – Por que razão os ossos se tornam quebradiços?
- Osteoporose primária: Em cerca de 95 % dos casos de osteoporose, trata-se de osteoporose primária. Na osteoporose tipo I, são sobretudo afetadas mulheres após a menopausa. A primeira fratura óssea ocorre, normalmente, oito a dez anos depois da última menstruação. São especialmente afetadas as vértebras da coluna vertebral lombar. Na osteoporose tipo II, a primeira fratura óssea ocorre após os 70 anos. Afeta sobretudo mulheres (dois terços). Além da coluna vertebral, são afetados também os ossos longos da coxa e do braço. Os fatores de risco para o desenvolvimento de uma osteoporose primária são predisposição familiar, estado hormonal (momento mais tardio da primeira e momento mais precoce da última menstruação) e determinados hábitos (pouco exercício, tempo prolongado no leito, alimentação pobre em cálcio ou rica em fosfatos como fastfood, refrigerantes, salsichas; hábitos nocivos como álcool, café e cigarros, peso reduzido).
- Osteoporose secundária: A osteoporose secundária surge na sequência de determinadas doenças ou como efeito secundário indesejado de alguns medicamentos. Os fatores de risco para o desenvolvimento de uma osteoporose secundária são medicamentos anti-inflamatórios para o tratamento de asma e reumatismo (cortisona), excesso de hormonas da tiroide, transtornos crónicos na absorção de alimentos, por exemplo, por doença no pâncreas, intestinos, fígado e rins, bem como distúrbios hormonais como hipertiroidismo, diabetes mellitus e tumores.
Indícios e sintomas
Existem sinais que ajudam a fazer um diagnóstico precoce. Estes
incluem perda de peso à medida que a idade avança. Às vezes, os
ossos podem até mesmo partir sem nenhuma causa identificável. Isso
pode ser difícil de imaginar de início, mas alguns pacientes sofrem
fraturas de costelas simplesmente quando tossem. Ou até quedas
menores resultam em fraturas do quadril ou do pulso.
Outro indicador da osteoporose é a chamada "corcunda de viúva"
(costas arredondadas). Quando começam as dores contínuas na coluna
lombar e na coluna dorsal, estas podem ser indício de osteoporose.
Por isso, é aconselhável consultar um médico num estágio inicial
para esclarecer a situação.
Prevenção da osteoporose
Para que a degradação da massa óssea não aumente, também os
jovens devem tomar medidas preventivas.
Através de uma alimentação adequada e da absorção suficiente de
cálcio, bem como do exercício - se possível, ao ar livre -, pode
prevenir-se o aparecimento da osteoporose.
Uma musculatura forte das costas é importante para uma postura
correta do corpo, melhorando a mobilidade e a manutenção do
equilíbrio. Assim se evitam quedas e fraturas vertebrais.
Também os ossos são reforçados com a prática de desporto.
Cientistas da universidade de Cambridge determinaram, no âmbito de
um estudo, que são sobretudo adequadas as modalidades de alto
impacto. Estas modalidades desportivas exercem forças elevadas sobre
os ossos. O esforço devido a pancadas parece ser benéfico para a
rigidez e densidade óssea. Apesar de modalidades como a natação ou
caminhada terem um efeito favorável sobre o sistema cardiovascular e
a redução de peso, para a saúde dos ossos é o grau de esforço
que é determinante.
Restrições:
Para pacientes que já sofrem de osteoporose, ou em pacientes mais
idosos com menos massa óssea, as modalidades de alto impacto não
são adequadas. Neste caso, existe um risco elevado de fratura óssea
devido ao forte esforço ou a quedas.
O trabalho muscular ajuda o reforço ósseo
O exercício é um componente importante do tratamento da
osteoporose. Mesmo no caso de uma fratura vertebral já existente, a
fisioterapia e os tratamentos físicos direcionados, desenvolvidos
com o fisioterapeuta e o médico, ajudam a reforçar a musculatura e
a reconquistar a mobilidade. Os medicamentos e uma ortótese para a
coluna aliviam as dores.
Também após curar uma fratura, a terapia com exercícios deve ser
continuada. Sobretudo, deve treinar-se a resistência da musculatura
das costas. Além dos exercícios, existem algumas modalidades
desportivas que são adequadas: entre elas a musculação tem sido
muito indicada, com resultados satisfatórios no auxílio ao aumento
da densidade óssea.
fonte: Osteoporose
Paulo Vicente - Personal Trainer