Se o ano pós-olímpico, como era de se esperar, tem sido difícil
financeiramente para o esporte brasileiro, o cenário para 2018 é
aterrador. A Lei Orçamentária Anual (LOA) do ano que vem, enviada
pelo governo federal à Câmara dos Deputados, prevê uma redução
de incríveis 87% em relação aos valores destinados
ao Ministério do Esporte em 2017. Ao todo, a cifra caiu de R$ 1,245
bilhão para R$ 220 milhões.
Se o texto não sofrer alteração no Congresso, a redução ameaça
programas como o Bolsa Atleta, que terá 50% menos verba do que neste
ano. O regulamento da ação terá que ser revisto, com redução de
prêmios ou restrição de acesso para parte dos beneficiados.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o valor destinado à
“preparação de atletas e capacitação de recursos humanos para
esporte de alto rendimento” cai de R$ 56,6 milhões para R$ 7,2
milhões (foram 134 milhões em 2016). A “preparação de seleções
principais para representação do Brasil” despenca de R$ 40
milhões para R$ 4,8 milhões. A “implantação de infraestrutura
esportiva de alto rendimento” terá, no lugar dos R$ 60 milhões de
2017, apenas R$ 13 milhões.
Para obras em equipamentos esportivos públicos de lazer, o corte foi
ainda mais expressivo: de R$ 462 milhões para R$ 7 milhões. O item
“implantação dos centros de iniciação ao esporte”, que
consumiu R$ 200 milhões em 2017, foi simplesmente suprimido. Um novo
tópico, porém, foi incluído. A “gestão e manutenção do legado
olímpico e paralímpico sob responsabilidade da Autoridade de
Governança do Legado Olímpico (AGLO)" receberá R$ 56 milhões.
O Ministério do Esporte se manifestou apenas por meio de nota,
afirmando que a pasta “tem trabalhado junto ao Congresso para
elevar o orçamento”. Realmente é triste ver que o dinheiro é
sempre destinado pura e exclusivamente para a manutenção do poder,
e não direcionado para outras áreas de relevância, como saúde,
educação e esporte !!!
fonte adaptada: Correio do Povo
Paulo Vicente - Personal Trainer
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