Os hábitos dos
brasileiros à mesa têm mudado nos últimos anos e não necessariamente para
melhor. Ao menos é o que indica o mais recente levantamento do Ministério da
Saúde. Realizada pela Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) em parceria com o Núcleo de Pesquisas
Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo, a pesquisa
reúne o resultado de 54 mil entrevistas feitas em todo o Brasil. O resultado é
alarmante: 49% da população está acima do peso. Esse valor é maior
do que os porcentuais encontrados em anos anteriores. Em 2006, por exemplo, o
índice era de 43%. Enquanto o número de obesos no país pulou de 11,4% (dado de
2006) para 15,8% atualmente. Sabe-se que o envelhecimento é uma das
principais razões para o aumento de peso, mas a pesquisa também apontou a
interferência dos hábitos alimentares. O aumento do consumo de carne gorda e de
leite integral está entre os principais fatores para o crescimento do problema,
além dos fast-foods consumidos pelos adolescentes. A obesidade é hoje um
mal mundial, acomete mais da metade da população e pode causar problemas graves
de saúde, como doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes e até câncer. O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou recentemente que o excesso de peso
é algo democrático entre nós: está presente de norte a sul, em todas as faixas
etárias e classes sociais. Mas alertou sobre o crescimento da obesidade entre
os mais pobres e entre aqueles que há pouco ascenderam socialmente. "Essa
parcela da população tem praticado menos atividade física e consumido mais
produtos não saudáveis", disse o ministro. Além de uma alimentação
saudável, que pode ser orientada por nutricionistas, a atividade física regular
também é importante para que se mantenha uma vida saudável dentro do peso
ideal.
Paulo Vicente - Personal Trainer
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