Um dos momentos mais emocionantes da cerimônia de abertura dos Jogos
Paralímpicos do Rio de Janeiro, na noite da última quarta-feira
(7/9), foi o revezamento da tocha dentro do estádio do Maracanã.
Debaixo de chuva, a ex-atleta Márcia Malsar, que participava do
carregamento da tocha, se desequilibrou e caiu com a chama olímpica.
Malsar, que caminhava com o auxílio de uma bengala, rapidamente se
levantou e seguiu o trajeto, sendo ovacionada de pé pelo público
que acompanhava a cerimônia no estádio. A atleta, que tem paralisia
cerebral, levantou e concluiu seu trajeto de forma emocionante.
Márcia representou o Brasil nos Jogos Paralímpicos de 1984 e 1988.
Ela foi a primeira atleta paralímpica do país a conquista uma
medalha de ouro no atletismo, na prova dos 200m rasos. No Maracanã,
ela recebeu a tocha de Antônio Delfino, também campeão paralímpico
no atletismo. Ela passou a tocha para a terceira condutora de dentro
do estádio, a ex-atleta paralímpica Ádria Santos. Em seguida, a
chama foi levada por Clodoaldo Silva, que acendeu a pira.
O nadador brasileiro, escolhido para fechar o revezamento tem treze
medalhas em quatro edições dos jogos. A edição do Rio de Janeiro
será sua última Paralimpíada.
O presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Phillip
Craven, exaltou os atletas paralímpicos em discurso durante a
cerimônia de abertura. “Eles vão te surpreender. Mais que tudo,
irão mudar vocês. Vocês verão obstáculos como oportunidades e no
Rio terão a oportunidade de fazer um mundo mais justo. Seus valores
deixam claro o que vocês apoiam e quem vocês são. Com seu
desempenho, contem sua história, como a esperança sempre vence o
medo. Somos parte de um só mundo”, disse Craven, que arriscou
algumas frases em português.
Paulo Vicente - Personal Trainer
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