Olá
pessoal, depois de me questionarem sobre a “queda” do “falso”
cadeirante condutor da Tocha, fui pesquisar a respeito e encontrei um
depoimento do próprio condutor, bem esclarecedor sobre o assunto.
Leiam o texto e depois vejam o vídeo (o vídeo é bem esclarecedor
!!!). Mais do que uma competição para pessoas com deficiência, os
Jogos Paralímpicos são exemplo de excelência esportiva. Só que,
na jornada rumo ao topo do pódio em suas modalidades, atletas
têm outro obstáculo a superar: o preconceito. Um exemplo
aconteceu na quarta-feira (4) durante o revezamento da tocha
Olímpica Rio 2016 pela cidade de Anápolis, em Goiás. O jogador de
basquetebol em cadeira de rodas João Paulo Nascimento tentou
reproduzir uma manobra típica de seu esporte,
ao passar a chama ao próximo condutor, quando se
desequilibrou e caiu. Para se proteger do impacto da queda, o
atleta teve a reação espontânea de apoiar o pé no
chão - uma demostração de que detém o movimento das
pernas. Acessem o vídeo neste link https://www.facebook.com/joaopnascimento/videos/vb.100001649818722/1108442749220708/?type=2&theater
A
cena é corriqueira para quem está familiarizado com o
esporte Paralímpico – em especial o basquetebol em cadeira de
rodas, uma das modalidades com maior número de ‘tombos’.
Entretanto, causou estranhamento entre internautas que
desconhecem que o uso de cadeira de rodas não se limita a casos
de paraplegia ou perda total do movimento das pernas. O resultado? O
vídeo da queda viralizou nas redes sociais e João Paulo foi
acusado de ser um ‘falso cadeirante’
Nascimento
não tem mesmo diagnóstico de paralisia, mas se engana
quem pensa que o uso da cadeira de rodas se limita a este tipo
de deficiência. Aos 20 anos, ele obteve o diagnóstico de geno
valgo, deformidade na anatomia dos joelhos que afeta o
alinhamento das pernas. E, assim como o atleta, são muitas as
pessoas que, mesmo com algum nível de controle dos movimentos
nos membros inferiores, utilizam cadeira de rodas para se locomover e
praticar esportes. “Não uso a cadeira no meu dia a dia, mas
não consigo correr nem ficar em pé por muito tempo”, contou.
“São
muitas as patologias que requerem o uso da cadeira de rodas para a
prática esportiva: lesão medular completa ou incompleta, limitação
motora, amputações, patologias anatômicas. Não é porque o atleta
não usa a cadeira no dia a dia que ele não precise dela para a
pratica esportiva. Vemos situações como essa o tempo todo. Podem
jogar tênis em cadeira de rodas, por exemplo, todos aqueles que não
conseguem jogar em pé. É simples assim”, explica o professor
de educação física Guilherme Lopes, 40 anos, que trabalha com
atletas Paralímpicos desde 2003.
Paulo Vicente - Personal Trainer
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