Grandes
amigos, nossa participação olímpica não superou as expectativas. Três ouros, cinco pratas e nove bronzes. Ficou claro que não houve um planejamento
para que pudéssemos sair do “quase”. Quando digo sair do “quase”, quero dizer
que “quase” ganhamos o ouro no vôlei de areia masculino, “quase” ganhamos o
ouro no futebol, “quase” nos classificamos no tae kwon do, “quase” ganhamos da
Argentina no basquete, e o maior “quase” de todos : “quase” fomos ouro no vôlei
masculino. Mas tivemos méritos como a medalha de ouro no vôlei feminino depois
de “quase” serem eliminadas na primeira fase, tiveram uma reação espetacular e
superaram as favoritas americanas. Também surpresas extremamente agradáveis com
o judô feminino, o boxe, o pentatlo, e as argolas. Não desmerecendo outras
medalhas conquistadas, mas estas foram de muita garra, de muita raça e de muita
superação. Falta de condições de treino, falta de estrutura, falta de apoio,
mas um sonho maior que qualquer obstáculo !!! Atletas antes desconhecidos agora terão que
conviver com a pressão da mídia, que foi um dos fatores que derrotou outros
atletas que contávamos como medalhistas: Guilheiro, Tiago Camilo, Maureen
Maggi, Fabiana Murer, Poliana Okimoto. Todos realizaram o melhor de si, não
tenho dúvidas, mas as expectativas criadas em torno deles sufocaram o brilho de
cada um. Não desmerecendo todos os outros atletas de outros países que também
treinaram, se superaram e obtiveram resultados melhores que os nossos atletas. Porém
com um fator a favor, uma construção olímpica, preparados desde a escola e com
um apoio do governo durante vários ciclos olímpicos. E é este ponto que falta
para nosso país, uma preparação desde a infância, na escola, apoiando e
capacitando professores para que estes sejam os primeiros técnicos dos futuros
campeões. Mas ainda somos uma potência em vôlei e futebol (como?!). Somos
medalha de prata no futebol, tudo bem não ganhamos o ouro e nossa cultura não permite
valorizar a prata, mas não podemos negar que subimos ao segundo degrau mais
alto do pódio. E o vôlei masculino também, perdeu para uma seleção de alto
nível, ou seja para ela mesma. Agora é aguardar 2016, a responsabilidade é
grande e a dedicação também deve ser. Abraços.
Paulo Vicente - Personal Trainer
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