Estamos no início de novembro, também é o início da Campanha Novembro Azul, de conscientização da realização de exames preventivos para o público masculino. Esta é uma matéria de 2014, mas se mantém muito atual. Os exames preventivos são de extrema importância.
Um novo estudo descobriu uma ligação direta entre o uso prolongado
de bicicletas e a chance de desenvolver câncer de próstata entre
homens com mais de 50 anos. Um artigo sobre o tema foi divulgado na
publicação de ciência Journal of Men’s Health.
Liderado por pesquisadores da universidade College London, o
estudo é fruto de um levantamento realizado entre 2012 e 2013 que
envolveu dados de 5.282 ciclistas. Eles foram avaliados pelos
cientistas em relação às chances de desenvolverem problemas como
impotência sexual, infertilidade e câncer de próstata.
Os dados obtidos na pesquisa indicaram que ciclistas com mais de 50
anos que pedalavam menos de 3 horas e meia por semana tinham 0,6% de
chances de desenvolverem câncer de próstata. Já entre aqueles que
pedalavam mais de 8 horas e meia por semana, o índice alcançava
3,5%.
“A ligação direta entre câncer de próstata e tempo passado na
bicicleta oferece uma nova perspectiva no estudo das causas da doença
e exige maiores investigações”, afirmam os pesquisadores no
estudo.
Cautela
No artigo, os cientistas destacam que não foram constatadas ligações
diretas entre o uso prolongado de bicicletas e a ocorrência de
problemas de infertilidade ou impotência sexual.
Mesmo a ligação entre o ciclismo e o câncer de próstata, apontada
pelo estudo, é vista com muita cautela pela comunidade científica.
“Essa descoberta não prova relação de causa e efeito. E eu
simplesmente não estou convencido de que o ciclismo de fato cause
maior incidência de câncer de próstata”, afirmou em texto
publicado no portal Live Science David Samadi, urologista do
Hospital Lenox Hill de Nova York.
Segundo ele, passar muito tempo sobre a bicicleta pressiona certas
áreas da próstata. Isso causaria o aumento dos níveis da enzima
PSA na corrente sanguínea.
A alta concentração dessa enzima no sangue é um dos indicadores
usados por médicos para identificação do câncer de próstata.
Então, a maior presença de PSA no sangue de ciclistas que pedalam
mais pode estar facilitando o diagnóstico da doença entre eles.
“O que já sabemos, com certeza, é que exercícios e controle de
peso reduzem o risco de câncer de próstata, além de várias outras
doenças”, afirma Samadi em seu texto.
Logo, até segunda ordem, os ciclistas não precisam ficar
preocupados com os resultados da pesquisa. Mas que o assunto merece
ser estudado, merece.
Fonte:Revista Exame
Paulo Vicente - Personal Trainer
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